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Notícias do mercado imobiliário

Copom mantém taxa básica de juros em 6,5% ao ano

Em decisão já esperada pelo mercado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, nesta quarta-feira (31), manter a taxa básica de juros da economia em 6,5% ao ano (a.a.).

Foi a quinta vez consecutiva que o Copom decidiu não alterar a taxa Selic, que está no menor patamar desde o início do regime de metas para a inflação, adotado em 1999.

A reunião desta quarta foi a primeira do comitê, responsável por definir os juros com foco no controle da inflação, após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República.

O Copom tem apenas mais uma reunião neste ano, em dezembro. A expectativa dos analistas é de que a taxa seja mantida neste patamar até o fim de 2018 e seja elevada gradualmente no próximo ano até alcançar 8% a.a.

Em comunicado, o Copom avaliou que embora o nível de ociosidade da economia contribua para uma inflação baixa, os fatores que podem provocar disparada de preços no futuro passaram a ter “maior peso” no cenário básico desde a última reunião.

Entre os riscos, citou a aprovação de reformas econômicas e a volatilidade do cenário externo.

“[...] Uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante [próximos anos] para a política monetária. Esse risco se intensifica no caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes”, diz o texto.

O BC ressaltou a importância de aprovação de reformas para a manutenção da inflação baixa.

“O Comitê enfatiza que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”, disse.

Apesar dos riscos, o comunicado que a análise do cenário atual indica manutenção dos juros no mesmo patamar, mas alerta que "esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora".

Copom e a decisão sobre a Selic

A Selic é a taxa básica de juros da economia e serve como referência para todas as demais taxas cobradas pelas instituições financeiras das famílias e empresas.

A cada 45 dias, o Copom se reúne para calibrar o patamar da taxa Selic buscando o cumprimento da meta de inflação, fixada todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%. O sistema prevê uma margem de tolerância, para mais ou para menos. Por isso, a meta será considerada formalmente cumprida pelo Banco Central caso fique entre 3% e 6%.

A estimativa mais recente do Banco Central é de que a inflação fique em 4,1% neste ano. Os economistas projetam uma inflação maior, de 4,43%, mas ainda abaixo do centro da meta.

Quando a inflação está alta ou indica que vai ficar acima da meta, o Copom eleva a Selic. Dessa forma, os juros cobrados pelos bancos tendem a subir, encarecendo o crédito (financiamentos, empréstimos, cartão de crédito), freando o consumo e reduzindo o dinheiro em circulação na economia. Com isso, a inflação cai.

O Copom reduz os juros quando avalia que as perspectivas para a inflação estão em linha com as metas determinadas pelo o CMN.


A taxa é mantida quando o Copom identifica o cenário vigente como positivo, mas identifica possíveis riscos para o cumprimento da meta de inflação no futuro, que exigem cautela.





 




































01/11/2018 Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/10/31/c

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